Deputado Rogério Correia é denunciado por desvio do auxílio-moradia
Assessor pede ao MP que investigue Rogério Correia
Correia nega que destine verba a terceiros, como diz a denúncia
PUBLICADO EM 16/07/13 - 03h00
Da Redação -O TEMPO
O deputado estadual Rogério Correia (PT) é alvo de uma nova representação no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por uso indevido do auxílio-moradia. A denúncia foi protocolada pelo assessor da Câmara Municipal de Belo Horizonte e especialista em redes sociais João Paulo Medrado, desafeto pessoal do petista.
Conforme publicou O TEMPO no domingo, Correia e outros 30 parlamentares mineiros recebem o benefício de R$ 2.850 por mês apesar de possuírem imóveis na região metropolitana de Belo Horizonte, conforme atestam suas declarações de bens na Justiça Eleitoral. O deputado do PT é dono de uma casa no valor de R$ 186 mil no bairro Santa Amélia.
Medrado alega, na representação, que Correia confirmou a destinação do auxílio “para movimentos de trabalhadores e de pessoas sem moradia”. O assessor do legislativo da capital pede à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte que investigue se os recursos da Assembleia recebidos pelo petista estão sendo desviados para atividades de “cunho político-partidário”.
Correia alega que Medrado é inimigo dele e que a acusação tem caráter pessoal. “Essa denúncia é uma retaliação política porque já movo dois processos por calúnia e até ameaça contra esse sujeito”, disse.
Resposta. Os deputados Alencar da Silveira Júnior (PDT) e Dinis Pinheiro (PSDB), presidente da Assembleia, abriram mão de receber o auxílio-moradia. Segundo a assessoria de imprensa da Casa, o tucano pediu para ter o repasse suspenso em janeiro, e não recebe desde fevereiro. Já o pedetista fez o pedido no início de junho e não recebeu o valor neste mês.
Na semana passada, a reportagem entrou em contato com a assessoria pedindo a relação dos parlamentares que não recebem o benefício. Os nomes de Pinheiro e de Alencar não foram incluídos na lista, composta, até então, de seis parlamentares. No total, 69 deputados recebem o benefício.
“Eu decidi cancelar porque estou esperando uma decisão do Congresso, já que estava existindo controvérsia sobre se é direito ou não”, justificou pedetista que admite morar em um apartamento próprio na capital. Já o presidente da Assembleia não foi localizado pela assessoria para comentar o assunto.
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